O Brasil registrou a importação de 9,396 milhões de toneladas de fertilizantes entre os dias 1º de outubro e 3 de novembro, segundo levantamento da agência marítima Williams Brasil. O relatório considera tanto as embarcações já atracadas quanto aquelas em espera e com previsão de chegada até 7 de janeiro de 2026.
Entre os principais portos, o destaque fica para Santos (SP), responsável pelo desembarque de 2,552 milhões de toneladas, seguido de Paranaguá (PR), com 2,504 milhões de toneladas. Os números reforçam o protagonismo dos portos brasileiros no abastecimento nacional de insumos agrícolas, especialmente em um período de forte demanda para o planejamento da próxima safra.
O Brasil figura entre os maiores importadores globais de fertilizantes, sendo altamente dependente do mercado externo para o suprimento de produtos como ureia, cloreto de potássio e fosfatados. A chegada constante de novas cargas garante estabilidade ao mercado interno e ajuda a evitar descompassos entre oferta e demanda durante o ciclo agrícola.
Mercado argentino de fertilizantes desacelera em meio a desafios climáticos e políticos
Enquanto o Brasil mantém ritmo intenso de importações, o mercado argentino de fertilizantes segue em compasso de espera. De acordo com o boletim da Ingeniería en Fertilizantes (IF), a atividade comercial no país vizinho permanece desacelerada devido à combinação de fatores políticos, climáticos e logísticos que influenciam diretamente as decisões dos produtores rurais.
As chuvas intensas nas últimas semanas provocaram alagamentos e deterioração de estradas, dificultando o transporte de insumos e paralisando temporariamente os trabalhos de campo. A situação levou importadores e distribuidores a adotarem posturas mais conservadoras, limitando operações e mantendo os preços estáveis, com foco apenas no cumprimento de compromissos já firmados.
“O mercado permanece cauteloso, com os produtores aguardando a estabilização do clima antes de realizar novas compras para a safra de verão”, destaca o relatório da IF.
Nitrogenados e fosfatados mantêm preços firmes na Argentina
Entre os fertilizantes nitrogenados, os preços seguem entre US$ 440 e US$ 450 por tonelada, impulsionados pela firmeza do mercado internacional e pela redução da oferta local, decorrente da manutenção na planta da Profertil, principal produtora argentina do segmento. A demanda permanece voltada para o milho e para misturas NPS, mas os volumes de compra ainda são moderados.
Já no segmento dos fosfatados, os preços do DAP/MAP se mantêm próximos de US$ 745 por tonelada, com baixa movimentação comercial. Os operadores esperam novas referências externas para definir estratégias e preços voltados à próxima safra, que deve depender fortemente da normalização das condições climáticas e da estabilidade do mercado interno.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


















